Estudantes de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, venceram o 14° Concurso ALACERO de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura 2021, superando estudantes de países como Argentina, Chile, México, Equador e República Dominicana. O concurso teve como objetivo promover a concepção de ideias arquitetônicas que utilizassem o aço como principal matéria-prima.
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Os estudantes Marcelo Marçal e Rafael Cirino, o orientador Cesar Shundi Iwamizu e a coorientadora Sasquia Obata, foram os brasileiros vencedores. O segundo lugar ficou com estudantes da Universidad Nacional de Córdoba, da Argentina e o terceiro colocado com alunos da Universidad de Santiago (USACH), do Chile. A equipe já havia vencido o 14° Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura 2021, realizado no Brasil, pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço.

O projeto premiado, chamado de Estação Uçaúna, transforma o antigo píer de acesso a Santa Cruz de Navegantes, bairro do Guarujá, litoral de São Paulo, em uma moderna estação de pesquisas de escala nacional. O Centro de Pesquisas, dividido em três volumes sombreados por uma única cobertura, é cortado transversalmente pela passarela que conecta a margem do bairro aos novos atracadouros de acesso.

A importância do aço no projeto Estação Uçaúna foi vista em vários momentos. “A industrialização total das peças estruturais viabiliza obras em terrenos de difícil acesso, como é o caso da Estação Uçaúna. Em uma obra pré-fabricada como a do projeto, a maior parte da mão de obra é na montagem das peças, não sendo necessário canteiro de obras como em construções convencionais”, explica Marcelo Marçal, um dos estudantes vencedores.

A concepção da estrutura em aço também foi crucial devido aos grandes vãos, com destaque para a cobertura de sombreamento, inteiramente atirantada, seguindo a lógica das pontes estaiadas, vencendo vãos de 36 metros.

Ainda segundo a proposta vencedora, o uso do aço no projeto de Santa Cruz dos Navegantes garante a durabilidade da estrutura. “Por ser uma obra no mar, a implantação do projeto foi caracterizada com alta agressividade marinha. O processo de galvanização a quente, que consiste em aplicar camadas de zinco a superfícies de aço, prova a eficiência do aço em ambientes externos sujeitos a interferências climáticas extremas”.

Fonte: Archdaily